segunda-feira, 21 de abril de 2008

Noticiários?

Diz-se hoje que informação é o bem mais valioso. Discordo do hoje. Desde os persas, romanos, gregos. A liberdade de um povo dá-se pelo seu conhecimento. Por isso a Biblioteca de Alexandria foi incendiada. As rotas para as Índias ficaram sob sigilo potuguês durante anos; até que os espanhóis chegaram lá circunavegando o globo.

O que nos diferencia é a facilidade com as informações nos chegam. Internet, rádio, celular, revistas, blogs. Sabemos dos acontecimentos quase de forma instantânea. A eclosão da guerra do Golfo (ainda não havia internet), queda das Torres Gêmeas, Copa do Mundo, Olimpíadas, massacre no Tibete e tumultos em Mianmar. Por outro lado, estamos passivos ao que nos jogam.

Na última semana assisti um pouco de TV. Ia dormir com a Isabella e acordava com ela. Orgia que a nação inteira participa. O jornal regional de SP dava informações. O Bom dia Brasil vinha em seguida repetido os fatos e textos. Esqueceu-se inflação, juros, desemprego, violência. Até do novededos não se fala mais.

Sexta-feira pai e madrasta foram indiciados. Começam a serem pressionados contra a parede. As informações por eles dadas não fecham. A tal terceira pessoa não é achada. LI agora na manchete do Yahoo que começam a entrar em contradição. Ontem o Fantástico conseguiu uma entrevista com os dois. Só falaram coisas boas. Amavam a criança. A criança os amava. Sempre brincavam. Nunca brigaram. E a Globo foi o cachorrinho total. Não fez nenhuma pergunta que pudesse de alguma forma pressioná-los. E devem ter ficado mais de meia hora na lengalenga. Eu já tava fervendo no sofá quando a Aline concordou que não adiantava ver. Somada à entrevista do Romário. Cada vez mais a TV é um meio de ostracismo e alienação. Cabo ainda se salva. O povo sabe mais da Isabella do que da economia. E vamos cada vez mais ao fundo do poço.