domingo, 9 de novembro de 2008

Coisas de Gaúcho

É um mail antigo, mas divertido.

  1. Ele comenta com você notícias que "deu no rádio"
  2. Quando ele conversa, parece uma briga
  3. As 6 da manhã, mesmo sábado ou domingo, ele já faz barulho com a"chaleira e o mate"
  4. Não existe lugar nem hora inconveniente para andar com uma cuia...
  5. Domingo sempre tem churrasco de meio-dia
  6. O que sobra, vira arroz carreteiro
  7. Se é colorado, é anti-gremista
  8. Se é gremista, é anti-colorado
  9. Acha Capão da Canoa, Imbé e Tramandaí as melhores praias do mundo
  10. Se sobra dinheiro, passa o verão em Punta del Este
  11. Prefere pala e poncho a casaco
  12. Não dá a mínima para o 7 de setembro
  13. Fica furioso com Revolução Constitucionalista de 32
  14. Canta de cor todo o Hino Rio-Grandense no 20 de setembro
  15. É separatista
  16. Paga "um boi" pra não entrar numa briga e, depois que entrou paga"dois bois" pra não sair
  17. Tem a bandeira no RS colada na traseira do carro
  18. Sempre tem um amigo "estanciero" (fazendeiro) em Bagé ou Passo Fundo
  19. Teve algum parente na Revolução de 30
  20. Nunca existiu mulher mais linda do que Ieda Maria Vargas
  21. Odeia a poluição de São Paulo, mas adora a de Buenos Aires
  22. De Getúlio a Médici, todos grandes presidentes. Por que? Eram gaúchos...
  23. Se acha provinciano, e se orgulha disso
  24. Harvard? Oxford? Cambridge? Yale? Princeton? Sorbonne? Que nada, universidade é a Ufrgs (se pronuncia ÚRGUIS)
  25. Tem porte de arma
  26. Não sabe onde esta sua arma
  27. O Centro de Porto Alegre, não fica no Centro...
  28. Todo mundo tem apelido
  29. Quando neva em Gramado, faz de conta que já sentiu frio bem pior.
  30. A estrada que vai para o litoral se chama "Free-Way"
  31. "Balada" tem conotação a tiroteio
  32. Tomar um "Balaço" é embriagar-se
  33. Vai no Maracanã ver o Fla-Flu com camiseta do Grêmio ou Inter
  34. Reza pra encontrar alguém do Casseta & Planeta
  35. O primeiro telefone na memória do celular é sempre o do advogado
  36. Fez CPOR, na arma de cavalaria
  37. Já quis ser piloto da Varig
  38. Pelé foi um enganador, craque era o Tesourinha e o Alcindo
  39. Sonha em ter um sítio
  40. Sem tem o sítio, tem uma "eguinha", pra dar "banda" no sábado
  41. Gosta de comer "Bergamota"
  42. Acha que entende tudo de vinho
  43. É apaixonado por cerveja Polar
  44. Não tem a mínima idéia do motivo que pão francês é "cacetinho"
  45. Gosta de dormir depois do churrasco. "tchê, vou tomar uma magnésia bisurada e dar uma sestiada..."
  46. Adora passear na Expointer
  47. Não perde uma oportunidade de trazer contrabando de Rivera
  48. Ou é "chimango ou é maragato"
  49. Ou é PT ou é anti PT e não tem meio termo
  50. Adora passar o dia em Gramado
  51. Acha Gramado caríssimo
  52. Desmarca até o casamento de um filho para uma pescaria ou caçada
  53. Adora chamar os outros de "fiá-da-puta" cujo plural é "fiá-das-puta"
  54. Enlouquece quando é chamado de "filho da puta".
  55. Adora assistir corrida com chuva no Autódromo de Tarumã
  56. Acha a Oktoberfest de Santa Cruz do Sul melhor que a de Munique
  57. Já foi filiado ao PTB ou ao PDT
  58. Parece íntimo de todo mundo
  59. Adora caminhar na Rua da Praia, mesmo sem saber o que anda fazendo por ali.
  60. Não tem carro, tem "auto"
  61. Sabe de cor o "Canto Alegretense, Céu Sol Sul e Querência Amada".
  62. Sempre leva um baralho de cartas pra praia, pra um "carteado com dia de chuva".
  63. Gosta de passear em supermercado
  64. Acha a Cidade Baixa um espécie de "SoHo" nova-iorquino dentro dePorto Alegre
  65. Acha o Moinhos de Vento parecido com a Recoleta ou Palermo Chico
  66. Assistiu a algum show da Elis Regina, mesmo que tivesse 4 anos quando ela morreu...
  67. Sempre foi apaixonado pelas "gurias do Anchieta"...as Anchietanas
  68. Já conheceu uma namorada no Dado Bier
  69. Traiu a namorada no Café do Prado
  70. Vai pra Factory em São Leopoldo, pra não ser descoberto
  71. Gosta de ir no "Parcão", no "Brique" e na "Encol".
  72. Come sushi com costela
  73. Não perde uma despedida de solteiro na "Tia Carmen"
  74. Gosta de dias de sol no inverno, pra "lagartear"
  75. Acha que ainda esta em tempo de "pegar em armas contra a ditadura do governo central"
  76. Já leu "A Ferro e Fogo", do Josué Guimarães umas 10 vezes
  77. Chama o Metrô de "Trensurb"
  78. Os táxis em Porto Alegre são de uma cor indescritível, e não tem o banco do passageiro na frente.
  79. Já foi no "Ocidente", no Bom Fim, mas nega até a morte!
  80. Chama arquibancada de "Geral"
  81. Chama "Geral" de "Coréia" no campo de futebol
  82. Os Colorados acham que o Beira-Rio é maior que o Olímpico
  83. Os Gremistas acham que o Olímpico é o maior que o Beira-Rio
  84. Chama cavalo de "pingo"
  85. Chama menino de "piá"
  86. Chamam os gays de "Odete"
  87. Chamam as lésbicas de "Machorra"
  88. Chama os vizinhos "as véia(o) aí do lado". Independente da idade deles.
  89. Chama massa de ar polar de "minuano"
  90. É sócio, ou já foi, do Grêmio Náutico União ou da Sogipa.
  91. Sempre quis ser sócio do Leopoldina Juvenil
  92. Tem fixação por "produtos coloniais"
  93. Espera o ano todo pela Feira do Livro
  94. Tem a mania de falar "Buenas Tchê"
  95. Acha que as gaúchas são as mulheres mais bonitas do Brasil ( e são mesmo )
  96. E Não existe melhor coisa no mundo do que ser GAÚCHO .... Tchê !!!!!

sábado, 8 de novembro de 2008

Para Engenheiros

É comum ouvir de amigos não-engenheiros que temos uma cabeça diferente. Que nossas piadas são diferentes. Nosso entendimento da vida é diferente.

Recebi por uma newsletter técnica de engenharia, algo um tanto incomum. A cineasta Elwira Bednarz fez alguns curtas a respeito de nosso Clã. É em alemão, para quem conseguir entender, vale a pena.

http://www.vdi-nachrichten.com/allgemein_00000089/seite.aspx#

domingo, 2 de novembro de 2008

Desafio do Forte

Nesse final de semana juntamos um grupo de corredores e fomos para a Praia do Forte. Teve o Desafio do Forte, 50km em revezamento. Cada um correu entre 8 e 12 km. Fizemos 2 equipes na Ford.

Prometia ser uma corrida legal. Trechos de areia, terra batida, praia, trilha, sobe morro, desce morro. A galera foi pela curtição. Começando às 7h, estimávamos correr em 4,5-5h. Beleza, o último ia correr com o sol dos trópicos a 90 graus...
Além da corida em si, havia a parte logística. Havia 3 pontos diferentes de troca de corredores. E um distante do outro. Conseguimos acertar os carros que iam fazer o transporte, quem levava quem até onde, etc. Estava tudo certo para ser um evento show de bola.
Cada um tinha estudado seu percurso para saber o que o esperava. Tudo pela curtição.

6h da manhã, tomávamos café e começa a chover. Chuva baiana. Não mais que 10 minutos.

6h30 da manhã estávamos todos no aeroporto da Praia do Forte. Na verdade apenas um descampado, com pista de grama, que foi desativado a poucos meses.
Lá começamos a perceber que a organização ia ser um mangue. O local fica na via de acesso à Praia do Forte. Todo o transporte passa por ali. A galera começou a estacionar dos dois lados. Não demorou para congestionar. Isso cedo da manhã... Não tinha água disponível. Nunca tinha visto isso. Em todas as corridas há água em abunância na largada. Os carros de apoio que tinham que ter adesivo de acesso, na verdade não precisava tanto. Era só para caso de necessidade...

O início foi pontual. O Ingo começou. 11km, sendo que a maior parte pela areia da praia... Em 30 minutos começaram a chegar os primeiros. O trajeto não estava bem sinalizado, e os primeiros corredores fizeram o retorno bem antes do local correto. Nesso momento a bagunça já estava instaurada. Eu era o segundo. Tivemos que correr pela rua desviando e disputando com carros e caminhões. Pelo menos os motoristas não descambaram para a buzina.

O que era para ser chão batido, era terra fofa. E morro acima. Não parava de subir. A organização havia dito que a cada 2,5km haveria água. E subindo em terreno macio parecia bem mais cumprido... E mesmo às 8h da manhã, o sol já estava quente... E não se parava de subir. Às vezes amenizava para depois voltar a subir. Começei a olhar o relógio esperando pela água. Já havia passado 3km e nada. Passamos 4km e nada. Só teve água lá pelo km 5. A cada fiscal de prova a mesma pergunta de todos: água. Estava a ponto de desistir; começar a caminhar. É uma sensação terrível ficar com sede e não saber onde vai-se beber... Pisei de mal jeito, e o pé cmeçu a doer. Assim que pensava em caminhar, lembrava que era o segundo, e não podia atrasar os demais.
Já próximo do final do percurso, mas sem idéia de quanto faltava, reto à minha frente havia um morro, e haveria de subir bastante. Ia morrer certo no meio. Ainda bem que desviamos dele...
Em vários pontos me sentia como em fotos de corrida de aventura. Via na pista pessoas distantes umas das outras, muita natureza em volta. Como nas que aparecem na Go Outside. Bem diferente das corridas em Salvador onde tem platéia, carros na outra via, prédios por perto...

Cheguei no ponto de troca, procurando pelo Christoph. E nada dele. Olhei por todos os lados e nada. Uns 3 ou 4 minutos ele e o resto do pessoal aparecem de carro. Ficaram trancados no trânsito. Na confusão ainda indiquei o caminho errado para o Christoph. Não sei se foi maior ou menor, mas ele se achou mais para frente e seguiu.
Fiquei esperando que me buscassem. Fiquei quase 2h esperando o resto da galera. Só ouvindo as demais equipes. Os caras estavam emputecidos com a organização: falha na indicação do percurso, falta de água, distância dos trajetos errada, confusão no trânsito... Uma gritaria repetitiva. Outros metendo gel para energia. Não lêem as bulas que dizem que apenas para exercícios muito pesados. Não são 8km que requeirem isso... Outros fazendo festa, com som e cadeira de praia. Outro aproveitou para cantar uma corredora...

Eu que achava que a nossa equipe era boa, o nosso corredor 6 começou 1h depois da equipe líder...

O Christoph levantou o balão de fazermos o percurso de volta correndo. Mais 6km. O Paulo veio junto. De início já falei, devagar... e levei água. Não estava afim de penar no retorno também... Mas na volta tinha 3 pontos de hidratação. Água suficiente. O que começou a incomodar foi meu joelho. E cansaço. Apesar de ser mais em descida, a terra fofa trava a pisada e cansa mais...

Cheguei demolido no aeroporto. Alonguei, mas não tive certeza de ser o suficiente.
Na pousada o banho foi revigorante. Agora era vez da fome atacar. Antes da praia parei na sorveteria. Carboidrato de fácil absorção era extremamente necessário...
Na praia fiquei jogado em cima da cadeira. Nem a Skol gelada saciou muito. Só curtindo um final de dia na beira da praia...

A idéia da corrida foi show de bola. Algo diferente. Longe do asfalto, contato com a natureza, trilhas, revezamento em pontos distantes. Entretanto a orgaização deixou muito a desejar. Em diversos aspectos...

Fica o aguardo pela Desafio 2009...