domingo, 28 de setembro de 2008

Passeio na Barra

Após um bom tempo aqui em Salvador, resolvi dar uma volta pela praia da Barra.

Desci próximo ao Corredor da Vitória e fui descendo a Ladeira da Barra. Umas mistura de prédios de luxo com palacetes coloniais, e residências antigas de qualidade média.

Sendo uma rua que liga bairros turístico-comerciais ladeando zonas residencias, o pequeno comércio floresce. Não demorei 100m para tomar uma porrada no cérebro. Mesmo sendo um restaurante com a chancela VISA, não fugiu à falta de leitura/conhecimento dos donos...
Até tolero quando falo com porteiro/empregada as falhas no portugês, agora comercialmente isso fica complicado...














Mais algumas centenas de metros chego no Yacht Club de Salvador. A vista da Baía de Todos os
Santos é esplêndida. Uma imensidão de água, onde até navios ficam pequenos. Os navios que eu via no Rio Guaíba eram menores, mas pareciam muito maiores... Nos tempos coloniais, se caçavam baleias dentro da Baía. Não havia a necessidade nem de aventurar-se por mar aberto.








Apesar de ser uma rua estreita, no sábado a tarde o movimento não incomodava quem anadav por ali a pé. Observa-se pessoas voltando da praia, indo em direção à praia, correndo, andando de bicicleta em paralelo a ônibus e carros que sobem e descem a lomba.

No pé da colina chega-se à praia em sí. Bares, restaurantes, pousadas, cyber cafes, etc apinham-se numa das áreas mais turísticas de nosso país. Foi nessa praia que D. Tomé de Souza chegou em 1549 para fundar o que seria capital político-econômico-social da colônia. Onde tudo começou. Tão importante, a área não podia ficar desguarnecida. Nada menos que 3 fortificações se encontram em menos de 1km.




Turistas misturam-se aos soteropolitanos para curtir uma praia geograficamente belíssima. Farofada à beira-mar, pessoas nadando em águas calmas. Mesmo sendo umas das melhores praias de Salvador, apenas classe baixa freqüenta durante os finais de semana. O calçadão está sendo reformado, mas a sujeira e o cheiro de urina é forte, mesmo à beira-mar. Lixeiras são
poucas espalhadas pela cidade. Mesmo em lugares de alta circulação como ali, poucos pontos de coleta de lixo. O que ocasiona que as pessoas jogam as coisas no chão. Ou dentro do mar. Côcos, garrafas plásticas boiam por entre as pedras.

Agora em época de eleição, a cada minuto passava um carro de som com propaganda de candidato. Permitido provavelmente é por aqui, mas que incomoda incomoda. E bastante. Esse era o tipo de propaganda que tinha em Torres em tempos de adolescência. Uma frase que sempre vem à mente nesses episódios é: "É o Kekê Karaokê no Bugaboo".
É um tipo de propaganda que realmente incomoda. Pergunta aos amigos publicitários: Isso faz efeito para que as pessoas votem no candidato ou visitem a loja? Pra mim, o efeito é contrário...










O Farol da Barra começou a ser construído ainda no século XVI. Uma das mais antigas contruções do Novo Mundo. Feito para proteger a grande riqueza colonial dos invasores.
Hoje é um dos pontos turísticos mais fortes de Salvador. O entardecer por aqui é astral total!


















no

domingo, 21 de setembro de 2008

Moda ou Saúde

Hoje rolou aqui em Salvador a Meia-Maratona de Revezamento Braskem. Creio ser a corrida de rua mais badlada de Salvador. Em todos os sentidos, começando pelo percurso. Sai do Farol da Barra até Ondina e volta. Para quem não faz idéia, é ida e volta do circuito do Carnaval.

A Organização é impecável: camiseta, postos de hidratação, logística... tudo perfeito. Bancado pela Braskem Petroquímica. Em termos de marketing propriamente dito, deve resultar poucos benefícios comerciais para a empresa. Mas essa tem um elo muito forte com Salvador. A maior peroquímica brasileira, com cientes globais. Marca presença principalmente por essa conexão. Ás pessoas que gostam de dizer que o petróleo destroi o planeta, ela tenta agregar saúde a funcionários e pessoas comuns, como eu.

Salvador tem corridas de rua ao longo. Maiores, menores, melhores, piores. Mas essa é o ponto culminante do ano. Há todos os tipos de corredores: os que estão em todas, os correm algumas, os que correm a Braskem. Pela badalaçao. Além dos corredores, há os parentes, amigos, namoradas(os) que vão contribuir com a badalação.

E durante a corrida vê-se os mais pitorescos tipos de corredores:
- Os kenianos de uniforme preto da Adidas. Não se pode negar a qualidade deles nas corridas de fundo. Mas para quem pensa que são atletas de físico forte, a impressão que dá é que se eles pularem de um barranco quebram as pernas; de tão gambitos. Se os alemães chamam as McLaren de Silber Pfeile, bem que esses poderiam ser chamados de Black Arrows.
- Os que correm sempre. Sabem o ritmo, tem o tênis já gasto...
- Os que foram puxados pelos amigos para correr. Muitos caminham um pedaço da corrida, por não saberem o próprio ritmo e se matarem logo de início. Usam a camiseta da corrida ou qq outra.
- Os corredores da Braskem. O visual pe mais importante que a corrida. Roupa de marca, visual arrumado. Muitos começam a correr um mês antes, e pararam hoje até ano que vem.

É divertido.
Fora as coisas esdrúxulas, as pessoas estão cada vez mais notando que precisam praticar esportes. Exercício é coisa de 2 gerações atrás. Quando realmente se batia o bomo (hoje é ele batido pela batedeira), não havia elevador, etc.

No Colégio Militar e CFR as corridas ( e a Educação Física) me eram as coisas mais abomináveis da grade curricalar, pior ainda que Literatura. Hoje a prática de esportes para mim é a válvula de escape. Nada melhor que suar na beira do mar depois de um dia atribulado por um bando de cuzão que não quer fazer as coisas, e ainda fica brabo quando os cobramos para que entreguem o trabalho...