domingo, 21 de setembro de 2008

Moda ou Saúde

Hoje rolou aqui em Salvador a Meia-Maratona de Revezamento Braskem. Creio ser a corrida de rua mais badlada de Salvador. Em todos os sentidos, começando pelo percurso. Sai do Farol da Barra até Ondina e volta. Para quem não faz idéia, é ida e volta do circuito do Carnaval.

A Organização é impecável: camiseta, postos de hidratação, logística... tudo perfeito. Bancado pela Braskem Petroquímica. Em termos de marketing propriamente dito, deve resultar poucos benefícios comerciais para a empresa. Mas essa tem um elo muito forte com Salvador. A maior peroquímica brasileira, com cientes globais. Marca presença principalmente por essa conexão. Ás pessoas que gostam de dizer que o petróleo destroi o planeta, ela tenta agregar saúde a funcionários e pessoas comuns, como eu.

Salvador tem corridas de rua ao longo. Maiores, menores, melhores, piores. Mas essa é o ponto culminante do ano. Há todos os tipos de corredores: os que estão em todas, os correm algumas, os que correm a Braskem. Pela badalaçao. Além dos corredores, há os parentes, amigos, namoradas(os) que vão contribuir com a badalação.

E durante a corrida vê-se os mais pitorescos tipos de corredores:
- Os kenianos de uniforme preto da Adidas. Não se pode negar a qualidade deles nas corridas de fundo. Mas para quem pensa que são atletas de físico forte, a impressão que dá é que se eles pularem de um barranco quebram as pernas; de tão gambitos. Se os alemães chamam as McLaren de Silber Pfeile, bem que esses poderiam ser chamados de Black Arrows.
- Os que correm sempre. Sabem o ritmo, tem o tênis já gasto...
- Os que foram puxados pelos amigos para correr. Muitos caminham um pedaço da corrida, por não saberem o próprio ritmo e se matarem logo de início. Usam a camiseta da corrida ou qq outra.
- Os corredores da Braskem. O visual pe mais importante que a corrida. Roupa de marca, visual arrumado. Muitos começam a correr um mês antes, e pararam hoje até ano que vem.

É divertido.
Fora as coisas esdrúxulas, as pessoas estão cada vez mais notando que precisam praticar esportes. Exercício é coisa de 2 gerações atrás. Quando realmente se batia o bomo (hoje é ele batido pela batedeira), não havia elevador, etc.

No Colégio Militar e CFR as corridas ( e a Educação Física) me eram as coisas mais abomináveis da grade curricalar, pior ainda que Literatura. Hoje a prática de esportes para mim é a válvula de escape. Nada melhor que suar na beira do mar depois de um dia atribulado por um bando de cuzão que não quer fazer as coisas, e ainda fica brabo quando os cobramos para que entreguem o trabalho...

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