sábado, 17 de janeiro de 2009

O Heavy Metal não morreu

Segunda-feira começam a circular boatos sobre show do Blaze Bayley aqui em Salvador. O grupo de headbangers de Motores começa a se movimentar.

Ninguém conhecia música alguma da carreira solo dele. Mas com a credencial de ex-Iron Maiden, valia a pena conferir.

Quarta-feira, 20h estamos na frente do Boomerangue. Liguei pra saber que horas realmente começaria o show, mas nada de útil recebi. Ficamos 2h do lado de fora, tomando umas cevas esperando realmente começar. 22h a galera começa a entrar. Pouquíssimas camisetas não pretas. A maioria do Iron. Sem tumulto, muvuca, bem em ordem. Começa com o show da Pandora, local. Estilo trash ou death, nunca sei direito a diferença. Bastante pesado. O local era pequeno. Não tinha 200 pessoas. E a acústica não era das melhores. Não dava pra entender o que estavam cantando. Não empolgaram muito o público. Só no fechamento que tocaram Painkiller. Aí a galera se pilhou...

1h de intervalo. Blaze foi começar a meia noite. Já tava começando a ficar com fome, cansado, saco cheio. Mas foi só a banda começar que voltou toda a energia. Os caras mandam muito bem. Tanto a banda quanto o Blaze. Apesar de não se possível entender as letras, o som dos caras é muito bom. Segue boa parte do estilo dos dois álbuns do Iron que ele fez. E é claro, tocou várias do Iron. Foram essas que a galera pulou e cantou junto.O show foi terminar quase 2 da manhã. Cheguei em casa demolido. E o dia seguinte foi pior ainda...

Gostei muito de ir. O pessoal metaleiro daqui é muito civilizado. Não deu briga (só dois chatos que a própria galera tomou conta), esbarravam e pediam desculpas, não teve empurra-empurra típico de show. Valeu a pena prestigiar a cena metal de Salvador. A minha turma que foi gostou também, e decidiu participar mais. Estar mais atenta a esse tipo de evento e curtir mais.

Afinal não é sempre que se tem show de qualidade em Salvador...

Um comentário:

Unknown disse...

O heavy metal está mais vivo do que nunca! Há renovação de fãs dos últimos anos é muito maior do que a dos anos 90. É só observar as idades mínimas em um show.
É normal que o público que aprecia metal vá para o show para curtir a música, evitando qualquer atitude que possa atrapalhar a curtição.
Fico feliz em saber que o público de Salvador tá sabendo aproveitar os shows que aparecem por aí, pois são raros, e isso servirá de estímulo aos produtores. O contrário acontece em Porto Alegre, com o público novo cada vez mais reduzido à internet e mp3. Os velhos e fiéis admiradores de shows de metal, no qual me incluo, é que pagam o pato...
Taís